Startups podem ser base da estratégia de recuperação da Espanha, Portugal e Japão

O Ministro da Transformação Digital do Japão, Takuya Hirai, declarou num encontro de Web Summit que a crise gerada pelo coronavírus o fez perceber o atraso acumulado na digitalização do setor público, e agora tem como objetivo colocar em prática uma estratégia de fazer seu Governo funcionar como uma “startup”, ou seja, fazer com que seja mais ágil para se adaptar às mudanças e crescer mais rapidamente, além de se tornar um incentivo para atrair jovens e motivados.

Durante o mesmo encontro de Web Summit, Pedro Sánchez surpreendeu a todos ao dizer que a Espanha tem como meta para 2030 se tornar uma Nação Empreendedora. Por isso, afirmou que o país terá um Alto Comissário responsável pela execução de 50 iniciativas específicas com o objetivo de aumentar os investimentos em startups, incentivando os estrangeiros, e assim atingir o mesmo nível dos países vizinhos.

Sánchez apontou o empreendedorismo e a inteligência artificial como fundamentais para a recuperação da crise por terem um papel de criar empregos, sendo 60% de alta qualidade e bem adaptados aos dias atuais.

A Espanha pretende assim, nas palavras do seu presidente, “desempenhar um papel de liderança no novo mundo que surge depois da pandemia, mas não o podemos fazer sozinhos. Necessitamos do apoio de entidades inovadoras para nos consolidarmos como um destino seguro e com benefícios”.

Portugal também confia nas startups que, como afirma a sua secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, “ajudam-nos a melhor reconstruir o setor para o futuro”. Segundo Marques, Portugal tem aproveitado a paralisação imposta pelas restrições à mobilidade para “promover a formação de empresários”. A secretaria também vê 2020 como uma oportunidade de renascimento, para a qual deve-se estudar as novas habilidades que serão necessárias no futuro e para que Portugal também esteja na linha de frente.